terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dor

    Você já se perguntou quais os motivos da dor?Pois bem, eu já, e as  minhas perguntas são recorrentes, mas sempre tem a ver com o que penso sobre mim, como me comporto e ajo, quase nunca tem a ver com as pessoas que me cercam, mas sim com algo que descontenta me.


    A dor me deixa poética, lírica, quase uma historia de William Shakespeare, cheia de conflitos e drama.Dor que sempre aparece ao cair da noite me rendendo aos 3 Ls. (Lamentações, Lágrimas e Lenços.), fazendo do travesseiro meu único ouvinte.

    Dor que faz o coração doer tanto que parece mais com um punhal que lhe atravessou o peito, é como se sua alma quisesse sair do corpo procurando dentro de si um lugar para escapar, dor que nos leva a pensar em loucuras, só pelo simples fato de doer pensamos na morte e no que será depois da dor, quase nunca nossa dor tem motivos para continuar, a não ser a dor da perda, mas que também tem tempo para se curar, a questão é que estendemos nossa dor mais do que se doe, gostamos de sofrer em vão, precisamos daquilo para dar a desculpa que nos faltava para não mudar, para não melhorar.
    
    A magoa que alimentamos dentro de nós só nos serve para relevar o que nós temos de deixar, dando novo sentido, querendo dizer que não é de fato um problema meu, quando na verdade só tem a vê comigo.

    Somos escravos da dor, precisamos dela para afirmar nossa humanidade, quando na realidade a dor não nos torna mais ou menos humanos, pois existem tantos outros sentimentos mais humanitários quanto a dor, não precisamos dela para mostrar de sentimos saudades de alguém que se foi, nem para se alto punir por não ser como se quer ser, pois para tudo isso existe tempo e coragem, para mudar e reagir as condições que a vida nos da, como para a morte de alguém que amamos ou para atitudes e costumes que temos mudar.

    A Dor só é valida quando se é vivenciada somente por um momento e superada logo em seguida, pois não há tristeza que dure mais que a própria vida, porque existe alegria para que superemos nossa dores e descontentamentos.

    Que procuremos viver mais a alegria de um novo nascer do sol, que lamentar seu pôr do sol, que assim saibamos dar também o merecido valor a Lua e suas estrelas, entendendo nossa felicidade por toda a noite, sem se esquecer de que tudo passa.

    "Não há noite de tempestade que supere um lindo dia de Sol."










Sabrina  Ortega Ferreira





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